Raquel Marques (Porto, 1979).
Realizadora de cinema, docente e formadora, especializada em pedagogia da imagem e em educação cinematográfica com perspectiva feminista, com experiência em programação e gestão cultural.
Licenciada em Ciências da Comunicação, especialização em Cinema (Universidade Nova de Lisboa, 2003) e Máster de Documental de Creación (Universitat Pompeu Fabra, 2015).
En 2010 realiza o seu primeiro documentário con Joana Frazão, A Casa Que Eu Quero, uma produção Terratreme Filmes. Com ante-estreia na Cinemateca Portuguesa (Lisboa), o filme foi seleccionado para representar Portugal em Doc Europa II. O seu percurso contemplou mostras de cinema como États Généraux du Film Documentaire (Lussas, Francia), Panorama – Muestra de Documental Português, Retrospectiva de Cinema Portugués em Varsóvia (Polónia), entre outras. Em 2015 realizou Todos os Dias da Nossa Vida com Joana Frazão (Terratreme Filmes) que também teve ante-estreia na Cinemateca Portuguesa..
Em 2016 realiza o documentário Arreta com María Zafra, cuja estreia foi em Junho de 2016 na Mostra Internacional de Films de Dones. Foi exibido em Festival de Cine Documental Alcances, l’Alternativa – Festival de Cine Independiente de Barcelona, Festival Márgenes, Festival Zinegoak (Premio Lesbianismo y Género) e Festival Cinespaña Toulouse, entre outros.
Em 2020 realiza Tiempos de Deseo, com estreia mundial no Doclisboa e em L’Alternativa Festival de Cinema Independent de Barcelona. O filme foi premiado en Alcances Festival de Cine Documental (premio del público, premio CIMA y premio DOCMA) e foi exibido em diferentes festivais e mostras, entre os quais QueerPorto 2021, Festival Documental de Buenos Aires, Festival Zinegoak, etc.
Realizou diferentes curtas-metragens: Barrigas (2005), um filme de animação que foi exibido em Festival Filmets (Badalona, Espanha), Festival Baumann (Terrassa, Espanha), Transart V (Girona, Espanha), Festival do Fundão (Portugal) ; O peso do horizonte (2011), realizado na Residência de Pesquisa Cinematográfica «Filmar a paisagem» (São Miguel, Azores) com coordenação de Tiago Hespanha e Marta Andreu; De pequeña quiero ser (2014), realizada com Maria Romero Garcia, participou em Hamburg International Short Film Festival 2015; F(r)icciones entre el trabajo y la vida (2017), uma peça realizada com María Romero Garcia, Zoraida Roselló e María Zafra para o programa Soy Cámara do Centre de Cultura Contemporània de Barcelona; a peça colectiva Vecines, uma produção de Laboratorio Reversible, a curta-metragem Mai Abans realizada com Blanca Àlvarez Mató durante o estado de excepção em Espanha (abril-junho 2020). É autora das peças Esa cosa incontrolable que es el tiempo (2017), Devenir (2019) e Medo (2020), criadas para a exposição virtual Arxipèlag da Mostra Internacional de Films de Dones.
Desde o ano 2017, forma parte da equipa de projetos educativos de Drac Màgic, Cooperativa Promotora de Medios Audiovisuales (Barcelona) e é coordenadora de projetos e criadora de conteúdos do Observatori de les dones en els mitjans de comunicació (Catalunha).
Tem uma amplia experiência na coordenação, conceptualização e dinamização de projetos e actividades relacionados com a pedagogia da imagen e a criação visual, dirigidas a grupos em diferentes etapas vitais. Alguns exemplos são: «Construir Mirades» (Drac Màgic; Barcelona), «Vídeo del minut – un espai propi» (Mostra Internacional de Films de Dones de Barcelona), «Ficcions Reversibles» (Museu Nacional d’Art de Catalunya, Barcelona), Xarxa d’escoles i instituts per la igualtat de tracte i la no discriminació (Ajuntament de Barcelona), «Dona’t un minut» (Candela, Barcelona, Guatemala, El Salvador), «Noticiero Intercultural» (ACSUR, Galiza, Rabat/ Marrocos), «E.L.L.A» (Hangar, centre de recerca d’arts i multimèdia, Barcelona). Também conta com experiência na realização de actividades de sensibilização e prevenção das violências contra as mulheres em projetos como «TAMAIA viure sense violència», «AADAS» (Associació d’Assistència a Dones Agredides Sexualment)e a cooperativa «Candela». Durante o seu percurso, colaborou e colabora com diferentes projetos e colectivos, como é o caso de Cooptècniques (Barcelona); Paral·leles – arts, audiovisual i pedagogía (Barcelona); La Bonne (centre de cultura de dones Francesca Bonnemaison, Barcelona); Doc’s Kingdom (Seminario de Cine Documental, Lisboa); Terratreme Filmes (produtora cinematográfica, Lisboa); Hangar – centre de producció i recerca d’arts visuals (Barcelona). Também colaborou com projetos cinematográficos como “As Cidades e as Trocas”, Luisa Homem y Pedro Pinho (operadora de som); “Amb Títol”, Neus Ballús (ajudante de realização), “Fugir de l’Oblit”, Abel Moreno (operadora de som), entre outros.
Sócia fundadora da associação de cinema analógico Laboratorio Reversible (2014-2019), um colectivo fílmico situado em Poble Sec (Barcelona), dedicado à experimentação cinematográfica e à programação cinematográfica no espaço público..